quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Inatividade mata mais do que obesidade, indica pesquisa britânica


A falta de exercício pode estar matando o dobro de pessoas se comparada à obesidade, sugere um estudo feito por 12 anos, que incluiu mais de 300 mil pessoas na Europa.
Pesquisadores da Universidade de Cambridge registraram cerca de 676 mil mortes por ano por inatividade, contra 337 mil por conta de excesso de peso.
Eles concluíram que pelo menos 20 minutos diários de caminhada rápida poderiam gerar benefícios substanciais.
Especialistas afirmam, ainda, que exercício físico é benéfico para pessoas de qualquer peso.
Obesidade e sedentarismo, muitas vezes andam de mãos dadas. No entanto, sabe-se que as pessoas mais magras têm um maior risco de problemas de saúde se forem inativas. E as pessoas obesas que se exercitam têm melhores condições de saúde do que pessoas inativas.
O estudo, publicado no American Journal of Clinical Nutrition, tenta trazer à tona os perigos da inatividade e da obesidade.
Inatividade mata
Os pesquisadores acompanharam 334.161 europeus por 12 anos. Eles avaliaram os níveis de exercício e a circunferência das cinturas a cada morte.
"O maior risco (de morte precoce) está associado aos classificados como inativos, sejam com peso normal, sobrepeso ou obesidade", disse às BBC News Ulf Ekelund, um des pesquisadores envolvidos no estudo.
Ekelund afirma que eliminar a inatividade na Europa cortaria as taxas de mortalidade em cerca de 7,5%, ou 676 mil mortes, mas eliminar a obesidade reduziria a mortalidade em apenas 3,6%.
"Mas não acho que seja caso de um ou outro. Nós também devemos nos esforçar para reduzir a obesidade, e a atividade física deve ser reconhecida como uma estratégia muito importante de saúde pública", acrescentou Ekelund.
Ekelund, que faz pelo menos cinco horas de exercício vigoroso toda semana, afirma que uma caminahada rápida todo dia é suficiente para transformar a saúde.
"Vinte minutos de atividade física, o equivalente a uma caminhada rápida, é algo possível de incluir em qualquer trajeto para o trabalho, ou em intervalos de almoço, ou à noite, em vez de assistir TV", sugere.
Os males causados por inatividade e obesidade são, em grande parte, os mesmos, como doença cardiovascular. No entanto, a diabetes tipo 2 é mais comum entre os obesos.


Como o estresse pode agravar ou desencadear o diabetes?

A ideia de que o estado emocional leva ao desenvolvimento do diabetes existe desde o século 17. Foi o médico inglês Thomas Willis que viveu entre 1621 e 1675 o primeiro relatar que algumas pessoas quando passavam por estados de tristeza ou estresse profundos desenvolviam diabetes.
Nos dias de hoje, com os avanços na Medicina, vários estudos tem tentado responder esta pergunta: o estresse emocional influencia no desenvolvimento do diabetes?
Antes, precisamos entender o que é o estresse. Hoje esta palavra tem sido usada de forma geral para descrever qualquer tipo de sobrecarga emocional ou física, desde mais leve até mais intensa. Por exemplo, um dia em que houve excesso de trabalho na maioria das vezes é definido como estressante. Mas o estresse “real” na verdade é uma resposta do nosso organismo quando somos submetidos a ameaças, que é o conjunto de fatores chamados “agentes estressores”. Para ficar mais fácil de entender, é preciso voltar para a idade das cavernas, quando nossos ancestrais diante dos perigos (como predadores – tigres, leões...) aprenderam a se defender: a resposta de lutar ou fugir.
Em pleno século XXI, não temos predadores, mas ainda temos os agentes estressores, que incluem por exemplo, a perda de uma pessoa querida, traumas psicológicos, problemas de saúde, enfim, situações desagradáveis que acontecem durante a vida das pessoas.
O nosso corpo, quando submetido ao estresse, responde passando por várias fases diferentes. A primeira fase consiste de uma resposta de alarme (resposta de lutar ou fugir), na segunda fase há a resistência ao estresse e a última fase é a de exaustão. Existe também a situação de antecipação ao estresse, que acontece quando o corpo responde antes a uma determinada situação, sem que necessariamente ela tenha acontecido, mas que igualmente causa os sintomas do estresse.
O que predomina no estresse são os sintomas de alarme que vão levar à alterações comportamentais e físicas. As alterações comportamentais podem ser de humor: baixa alta estima, ansiedade, depressão, sensação de irritabilidade ou isolamento. Os sintomas físicos incluem tremores, dores musculares, diarreia ou constipação, náuseas e taquicardia. O estresse também pode alterar os hábitos da pessoa: como comer mais ou comer menos e dormir mais ou menos. Já na fase de exaustão, o corpo começa a não responder mais ao estresse e a depressão pode surgir ou se agravar.
Vários estudos tem procurado relacionar o estresse ao início do diabetes. Em um deles, publicado na revista médica Journal of Internal Medicine em 2009, pesquisadores dinamarqueses avaliaram 7066 homens e mulheres por períodos de 2 anos em média. Os dados mostraram que homens que se definiam como mais estressados apresentaram 2 vezes mais diabetes que os menos estressados. Já nas mulheres, ter ou não estresse não aumentou o risco de diabetes. Outro dado importante é que no grupo dos estressados, havia mais tabagistas, sedentários e usuários de bebidas alcoólicas.
O estresse emocional aumenta o risco de desenvolver diabetes por várias razões. A primeira razão tem causa hormonal: o estresse crônico aumenta o nível do hormônio cortisol, que ocasiona dentre outras coisas o aumento da gordura abdominal e que por sua vez aumenta o risco de diabetes.
A segunda razão é justamente através do comportamento da pessoa. Existe uma clara relação entre o estresse emocional e hábitos de vida ruins, como alimentação errada (mais comida ou comida de qualidade ruim), sedentarismo, cigarro e alcoolismo. Os estudos indicam um caminho em comum: aquelas pessoas com altos níveis de estresse também desenvolvem hábitos comportamentais danosos que somados aumentam o risco de uma pessoa desenvolver diabetes.
A conclusão que chegamos até o presente momento é que o estresse crônico, aquele mantido por longos períodos, pode estar relacionado ao desenvolvimento de diabetes. Já o efeito do estresse mais agudo, como a perda de um ente querido, ou um evento traumático não tem ainda associação claramente estabelecida.
O recado importante é que o diabetes apresenta várias causas, e o conjunto destas causas é que vai determinar se uma pessoa irá desenvolver a doença ou não. Sedentarismo, obesidade, aumento de gordura abdominal, erros alimentares e estresse por longos períodos podem levar ao diabetes. Como combater? Melhorando qualidade de vida e tendo acompanhamento profissional adequado para identificar e tratar o estresse, seja com seu clínico geral, psicólogo ou terapeuta. A prevenção é de longe o melhor remédio!

Produtos dietéticos - Diferenca entre diet e light


Os termos diet e light foram criados para facilitar e ajudar na identificação de diferentes tipos de alimentos. Quando se tem o diagnóstico de Diabetes, a primeira ideia é que devemos usar a partir de então somente produtos dietéticos. Mas para isso é importante analisar se todos são mesmo indicados, até porque nem todos os alimentos diet são sem açúcar.
Os alimentos diet se destinam a grupos populacionais com necessidades específicas e significa que o produto é isento de um determinado nutriente. Na maioria dos produtos, os diet são sem açúcar, mas é importante comprovar se o nutriente retirado foi mesmo o açúcar, e não gordura, sódio ou outro componente.
É importante que fique claro também que nem todos os alimentos diet apresentam diminuição significativa na quantidade de calorias e, portanto, podem não ser adequados para pessoas que querem emagrecer.
Um exemplo clássico é o chocolate diet que apresenta teor calórico próximo do chocolate normal. O chocolate diet pode ser indicado para as pessoas com diabetes, pois é isento de açúcar (carboidrato de absorção rápida), mas não para as que desejam reduzir o peso já que tem maior adição de gordura. Além disso, os produtos dietéticos sem adição de açúcar podem conter outras formas de carboidratos
que também interferem na glicemia, como frutose, lactose, amido ou maltodextrina. Contudo, o mais 
importante é usar com moderação e ficar sempre “de olho” na quantidade de carboidratos contida no produto.
Já o produto light é direcionado a pessoas que buscam uma alimentação mais saudável e apresenta redução mínima de 25% em determinado nutriente ou calorias quando comparado ao produto convencional. A redução de calorias pode vir da diminuição no teor de qualquer nutriente (carboidrato, gordura, proteína), mas não quer dizer que seja sem açúcar.
Exemplo:
DIET
Balas sem açúcar
Capuccino sem adição de açúcar
Geléia sem adição de açúcar
Biscoito waffer sem adição de açúcar
LIGHT
Bolo light - com teor reduzido de açúcar
Açúcar light - com teor reduzido de açúcar e inclusão de adoçante
Margarina light – com teor reduzido de gordura
Refrigerante light - com teor reduzido de calorias pela retirada do açúcar (pode ser chamado também de diet

Para minimizar as dúvidas, na hora da compra, deve-se sempre ler os rótulos dos alimentos. Mas o que verificar?
Para identificar se o alimento diet é mesmo sem açúcar, observe no rótulo principal se está escrito sem adição de açúcar ou zero açúcar. Caso não encontre essa informação de forma fácil na frente do rótulo, procure nos ingredientes. O açúcar pode ter vários nomes como sacarose, glicose ou dextrose, açucar invertido, açúcar demerara, açúcar mascavo. E se ver a palavra edulcorante na lista de ingredientes, quer dizer que esse produto foi adicionado adoçante. Edulcorante é o nome da substância adoçante. Exemplo: edulcorante aspartame, sucralose, acessulfame K