terça-feira, 5 de julho de 2016

Sucralose em debate: O que devemos saber?

Considerando os vários comentários negativos sobre o adoçante sucralose recentemente veiculados nas mídias sociais, o Departamento de Nutrição da SBD vem se posicionar sobre a questão. Um artigo científico publicado em 2015 (1) por pesquisadores da Unicamp em um periódico online pertencente ao grupo Nature, alertou para os potenciais riscos do uso da sucralose, especificamente, em alimentos e sobremesas quentes, como chás, cafés, bolos e tortas. Os principais resultados do estudo indicam que, quando aquecido, o adoçante torna-se quimicamente instável, liberando compostos potencialmente tóxicos e cumulativos ao organismo humano.
Derivado da sacarose, o nosso açúcar de mesa, a sucralose é o adoçante mais consumido no mundo e liberado irrestritamente pelos principais órgãos de segurança alimentar, incluindo o Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, o Joint Expert Committee on Food Additivies (JECFA), da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Brasil. No estudo em questão, foi demonstrado que, quando aquecida, a sucralose torna-se quimicamente instável, liberando hidrocarbonetos policíclicos aromáticos clorados (HPACs), compostos tóxicos, cumulativos no organismo humano e potencialmente cancerígenos. Isso acontece por conta de uma reorganização das moléculas, quando elas são aquecidas. Os HPACs estão associados ao aumento da incidência de diversos tipos de canceres no homem. A exposição humana aos HPACs se dá principalmente através da contaminação ambiental por meio da fumaça gerada a partir da queima de combustíveis fósseis.
Estudos anteriores evidenciaram a hipótese de que a sucralose não seria adequada para processos que envolvem temperaturas acima 120°C, condições próximas das condições de pirólise. Verificou-se uma forte evidência de que hidrocarbonetos aromáticos policlorados (PCAHs) são formados a partir de sucralose a partir de temperaturas de água a ferver (acima de 98°C), que é a temperatura habitual alcançada quando são preparadas bebidas quentes, tais como café ou chá.
A sucralose foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) como um edulcorante de mesa em 1998, seguindo-se a aprovação como um adoçante de uso geral em 1999. Antes de aprovar o adoçante, a FDA revisou mais de 100 estudos de segurança realizados no edulcorante, incluindo estudos para avaliar o risco de câncer. Os resultados destes estudos não mostraram nenhuma evidência de que o adoçante cause câncer ou represente qualquer outra ameaça à saúde humana (2). A Ingestão Diária Aceitável (ADI) é de 0 - 15 mg / kg de peso corporal, segundo o resumo das avaliações realizadas pelo Comitê Misto Food and Agriculture Organization of the United Nations / World Health Organization (FAO/WHO) de Peritos em Aditivos Alimentares (3,4).
O Conselho Federal de Nutricionistas publicou um comunicado em fevereiro desse ano sobre a recomendação do uso de sucralose (4), destacando que esta foi sugerida para avaliação do Grupo Consultivo da International Agency for Research on Cancer (IARC), com alta prioridade, para estimativa de carga global do Câncer, no decorrer dos anos de 2015 a 2019 (5).
O estudo da Unicamp, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), não determinou a quantidade liberada de HPACs e o impacto direto da queima da sucralose no organismo humano. Muito há de ser elucidado para que isso passe a ser uma orientação clínica, sendo fundamental que mais pesquisas sobre o assunto sejam conduzidas.
A sugestão do Departamento de Nutrição da SBD é a prática de uma alimentação saudável, composta por alimentos menos processados, livres de aditivos, e caso seja indicado o uso de adoçantes artificiais em geral, estes devem ser consumidos com moderação e conforme indicado, respeitando um rodízio dos tipos de adoçantes existentes no mercado para não ocorrer grande exposição a uma só substância. Além disso, sobre a sucralose em questão, os estudos demonstraram a seguridade da mesma em produtos sem aquecimento térmico, sem tal polêmica quando utilizada em sucos, líquidos e outros alimentos em baixas temperaturas.

Torta folhada de legumes

Rendimento: 10 porções
Ingredientes
Massa
150 g de massa filo
Recheio
  • 1 colher (sopa) de azeite de oliva
  • 1 xícara (chá) de flores de brócolis pré-cozidas
  • 1 xícara (chá) de flores de couve-flor pré-cozidas
  • 1 xícara (chá) de cenoura cortada em cubos pré-cozidas
  • 1 xícara (chá) de ervilhas frescas pré-cozidas
  • 1 colher (sopa) de farinha de trigo
  • 1 xícara (chá) de leite desnatado
  • 1 xícara (chá) de cream cheese light
  • 1/2 xícara (chá) de creme de leite light
  • Para pincelar
  • 1 clara
  • 1 colher (sopa) de azeite de oliva
Preparo
Recheio
Aqueça o azeite em uma panela antiaderente e refogue os vegetais. Polvilhe a farinha de trigo, mexa um pouco e junte o leite e o cream cheese. Quando engrossar, desligue o fogo e misture o creme de leite. Deixe esfriar e reserve.
Montagem
Corte a massa em 6 partes. Em uma forma de fundo removível untada com azeite, coloque uma folha de massa deixando o excesso cair dos lados. Misture a clara com o azeite e pincele a massa. Cubra com outra folha alternando as pontas. Repita o procedimento com o restante da massa. Coloque o recheio no centro e dobre as pontas sobre ele, deixando o centro sem massa. Leve ao forno quente (250 °C) por cerca de 20 minutos ou até que fique dourada e crocante.
Informações nutricionais
1 Porção = 1 Fatia70 g
Calorias 102
Proteínas 3,9 g
Gorduras totais 4,6 g
Carboidratos 11,3 g
Fibras 1,1 g
Sódio117 mg
Gorduras saturadas  1,5 g
Colesterol17 mg


Disponivel: http://www.diabetes.org.br/receitas-diabetes/receitas-lanches/559-torta-folhada-de-legumes

Pressão alta no diabetes mellitus tipo 2: riscos à saúde e escolha do melhor tratamento

O diabetes mellitus tipo 2, que acomete mais frequentemente pessoas acima do peso, costuma vir acompanhado de hipertensão arterial sistêmica, ou pressão alta. Já no diagnóstico do diabetes, 4 em cada 10 pacientes apresentam medidas elevadas de pressão arterial.
Além da doença renal, ou nefropatia diabética, a hipertensão arterial no diabetes mellitus é causada por reabsorção de água e sódio juntamente à glicose filtrada nos rins e por aumento da rigidez dos vasos sanguíneos, as artérias, tanto por efeito do excesso de glicose por mecanismo conhecido como glicação, quanto por aterosclerose, isto é, entupimento dos vasos.
No paciente diabético, o adequado tratamento da hipertensão arterial é tão importante quanto o tratamento dos níveis elevados de glicose. A pressão alta aumenta o risco de doenças cardíacas e vasculares, tais como infarto do miocárdio, angina e isquemias, além de acelerar o processo de lesão nos rins e na retina, causados pelo próprio diabetes. Para que se consiga prevenir tais complicações, todo paciente diabético deve ter a pressão sistólica medida e mantida em torno de 120 ou 130 mmHg e a pressão diastólica, abaixo de 90 mmHg, dependendo se a pressão foi medida por método automático oscilométrico ou auscultatório, já que no método automatizado a pressão arterial costuma ser de 5 a 10 mmHg menor que no método auscultatório.
Para que se consiga atingir esses alvos terapêuticos, o tratamento consiste em perder peso, preferir uma alimentação saudável (rica em frutas, vegetais e laticínios sem gordura - dieta DASH), não fumar, evitar álcool em excesso, diminuir a ingesta de sal e fazer exercícios físicos regularmente. Quando apenas essas medidas não forem suficientes, lança-se mão de medicamentos. A escolha do medicamento leva em conta: o benefício comprovado em pesquisas, as peculiaridades de cada paciente, o perfil de segurança de cada substância e os custos.
Se não houver evidência de lesão microvascular ou outra indicação específica, os medicamentos com maior eficácia na redução de doenças cardíacas e vasculares são os diuréticos tiazídicos (clortalidona e hidroclorotiazida) seguidos pelos bloqueadores dos canais de cálcio (especialmente anlodipina), segundo os dados do estudo ALLHAT. Nos pacientes que apresentam excreção urinária elevada de albumina, sugerindo dano aos rins pelo diabetes, os inibidores da enzima conversora da angiotensina (captopril, enalapril, ramipril) são a primeira escolha. Se o paciente não tolerar esta classe medicamento, pode ser feita a substituição pelos antagonistas do receptor a angiotensina 2 (losartana, valsartana, irbesartana, candesartana).
Vários pacientes podem necessitar fazer uso de mais de um tipo de anti-hipertensivo ou mesmo de medicamentos de classes diferentes das mencionadas neste texto. Atualmente, o Governo Federal, através do sistema Farmácia Popular, disponibiliza vários tipos de medicamentos anti-hipertensivos que podem ser usados também por pacientes diabéticos.
Se você é diabético, procure seu médico endocrinologista e meça sua pressão. Se ela não estiver no alvo, mude seus hábitos e exija medicamentos seguros e acessíveis para seu tratamento.

Fonte: Treatment of hypertension in patients with diabetes mellitus - UpToDate OnLine

O que você precisa saber sobre Hipo e Hiperglicemia

O crescimento do número de pessoas com diabetes vem causando bastante preocupação em todo o mundo. Agora, mais do que nunca, é importante educar-nos sobre as causas da diabetes e encontrar uma solução para que a incidência de diabetes não aumente tão rapidamente. Os principais sintomas do diabetes incluem:
  • Urinar muitas vezes
  • Sentir muita sede
  • Sentir muita fome - mesmo que você está comendo
  • Fadiga extrema
  • Visão embaçada
  • Cortes / contusões que demoram a cicatrizar
  • A perda de peso - mesmo que você esteja comendo mais (Tipo 1)
  • Formigamento, dor ou dormência nas mãos / pés (Tipo 2)
    Indivíduos com diabetes correm um maior risco de hiperglicemia ou hipoglicemia e é importante compreender as causas, sintomas e efeitos dessas condições. A ilustração acima mostra as diferenças entre hipo e hiperglicemias.
Então, qual é a diferença entre hiperglicemia vs. hipoglicemia?
A hiperglicemia é caracterizada pela presença de níveis elevados de açúcar (glicose) no sangue, podendo ser causada pelo excesso de alimentação, falta de exercício ou, para os diabéticos, falta de insulina, podendo evoluir ao longo do curso de um dia ou vários dias.
Os principais sintomas de açúcar elevado em pessoas não diabéticas são semelhantes ao de um diabético e incluem: aumento da micção, sede e fome. Fadiga, agitação e perda de peso também podem ser sintomas menos comuns. Embora esses sintomas nem sempre signifiquem que você tem hiperglicemia.
Dependendo da causa da hiperglicemia, o tratamento médico pode ou não ser bem sucedido. Pessoas com níveis de glicemia levemente elevados, como acontece no pré-diabetes, conseguem muitas vezes reduzir os seus níveis de glicose através da incorporação de mudanças de dieta e estilo de vida, como beber mais água, um aumento da quantidade de exercício, a mudança de hábitos alimentares e ajuste de medicamentos.
A insulina é o tratamento de escolha para as pessoas com diabetes tipo 1. Para aqueles que têm diabetes tipo 2, uma combinação de diferentes medicamentos orais e injetáveis pode ser o melhor tratamento. Algumas pessoas com diabetes tipo 2 também podem precisar de tomar insulina.
A hipoglicemia é a baixa de açúcar no sangue e pode ser causada por não se alimentar o suficiente, exercício excessivo ou, para os diabéticos, tendo muita insulina no corpo. Outras possíveis causas de hipoglicemia incluem ingestão excessiva de álcool, uma vez que isso reduz os níveis de açúcar no sangue.
Os principais sintomas de hipoglicemia incluem sudorese, fadiga e tonturas. No entanto, outros sintomas mais graves incluem aumento da frequência cardíaca, visão turva, confusão, convulsões e, em casos graves, coma.
Alimentos que permitem liberação rápida de glicose no sangue incluem: refrigerantes açucarados, suco, doces, açúcar de mesa e similares. Em geral, 15 gramas de glicose (meio a um copo de refrigerante açucarado) é a quantidade recomendada para o controle da hipoglicemia, seguido por uma avaliação dos sintomas e um controle de glucose no sangue, se possível. Se após 10 minutos não houver melhora, deve-se repetir a ingestão de mais 10-15 gramas de glicose. Isto pode ser repetido até três vezes. Se ainda não houver indicação de melhora, em seguida, melhor consultar um médico.

Fonte: Hyperglycemia vs. Hypoglycemia: What You Need to Know.