terça-feira, 18 de março de 2014

Atividade Física e o Diabetes

A atividade física regular é essencial e de grande benefício para o controle do diabetes e de condições associadas como a hipertensão arterial, a obesidade, a hipercolesterolemia e etc. Além de facilitar o controle dessas condições a atividade física melhora o condicionamento físico, as dores musculares, articulares e dá uma sensação de bem estar, melhora o humor e a autoestima.
Caminhar, subir escadas, andar de bicicleta, trabalhar no jardim ou dançar são exemplos de atividade física. No entanto para ter benefícios para a saúde a atividade física deve ser moderada e realizada pelo menos durante 150 minutos por semana. Se gosta de caminhar, nadar, fazer hidroginástica, andar de bicicleta, esteira, o recomendado é de 40 a 60 minutos diariamente ou 3 a 4 vezes por semana. 
É necessário no entanto, cuidados para não lesar o organismo. Use calçados e roupas apropriadas em locais seguros e sem riscos de acidentes.
São consideradas atividades físicas moderadas:         
Caminhar rapidamente (cerca de 5,5 km/h)
Cuidar do jardim
Dançar
Andar de bicicleta (menos de 16 km/h)
Nadar, hidroginástica (especialmente para quem tem problemas articulares)
Atividades físicas vigorosas:
Corrida (mais de 8 km/h)
Andar de bicicleta (mais de 16 km/h)
Natação (nado livre)
Andar muito rápido (sete quilômetros por hora)
Jogar basquete
Jogar futebol
As atividades diárias também podem ser consideradas atividades físicas importantes:
Lavar roupa
Limpar a casa
Lavar o carro
Subir escadas
Caminhar até o trabalho
Essas atividades no entanto podem não ser suficientes para o benefício que se espera da atividade física.
Por último, um lembrete importante: se você tem mais de 40 anos e se especialmente é portador de diabetes, obesidade, hipertensão arterial, antes de iniciar sua prática regular de atividade física é aconselhável procurar um cardiologista para saber como está o seu coração.
http://www.diabetes.org.br/atividade-fisica-regular

sexta-feira, 14 de março de 2014

Diabetes tipo LADA


O nome LADA vem da abreviação, em inglês, de “Latent Autoimune Diabetes's Adult” (diabetes latente e autoimune no adulto).
O  LADA  caracteriza-se pelo aparecimento tardio do diabetes mellitus tipo 1  com uma freqüência entre 2 a 12% dos casos , no Brasil se estima uma população de cerca de 1.5 milhão de pessoas acometidas 
Reúne  as mesmas características do tipo 1: é autoimune; apresenta a destruição das células beta; requer insulina no início do tratamento, surge em adultos, geralmente  costuma ser confundido  com o tipo 2 com incidência em pacientes com  idade entre 35  e 60 anos, magro com quadros acentuados de cetose. 

http://www.diabetesendocrinologia.org.br/livrosderotinas.htm


terça-feira, 11 de março de 2014

Os Perigos da Automedicação

Quem nunca tomou um remédio sem prescrição após uma dor de cabeça ou febre? Ou pediu opinião a um amigo sobre qual medicamento ingerir em determinadas ocasiões? A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas, pode trazer consequências mais graves do que se imagina.
A medicação por conta própria é um dos exemplos de uso indevido de remédios, considerado um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINTOX), em 2003, os medicamentos foram responsáveis por 28% de todas as notificações de intoxicação. 
O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doença, uma vez que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. Se o remédio for antibiótico, a atenção deve ser sempre redobrada. O uso abusivo destes produtos pode facilitar o aumento da resistência de microorganismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos.
Outra preocupação em relação ao uso do remédio refere-se à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro.
O uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode trazer, ainda, consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte.
Conceito
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existe o uso racional de medicamentos (URM) quando “os pacientes recebem medicamentos apropriados às suas necessidades clínicas, em doses e períodos adequados às particularidades individuais, com baixo custo para eles e sua comunidade”. A definição foi proferida durante Conferência de Nairobi, Quênia, em 1985. 
Tipos de Uso Irracional de Medicamentos

  • Uso abusivo de medicamentos (polimedicação);
  • Uso inadequado de medicamentos antimicrobianos, freqüentemente em doses incorretas ou para infecções não-bacterianas;
  • Uso excessivo de injetáveis nos casos em que seriam mais adequadas formas farmacêuticas orais;
  • Prescrição em desacordo com as diretrizes clínicas;
  • Automedicação inadequada, frequentemente com medicamento que requer prescrição médica.
Estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS)
  • Em todo o mundo, mais de 50% de todos os medicamentos receitados são dispensáveis ou são vendidos de forma inadequada.
  • Cerca de 1/3 da população mundial tem carência no acesso a medicamentos essenciais.
  • Em todo mundo, 50% dos pacientes tomam medicamentos de forma incorreta.
Ações para o Uso Racional de Medicamentos
Ministério da Saúde criou, em março de 2007, um Comitê Nacional para Promoção do Uso Racional de Medicamentos (URM) – uma instância colegiada, representativa de segmentos governamentais e sociais afins ao tema e com caráter deliberativo.
O Comitê tem como papel propor estratégias e mecanismos de articulação, de monitoramento e de avaliação de ações destinadas à promoção do URM. Para garantir as implementações das ações, foi criado o Plano de Ação, composto por vertentes em quatro áreas: regulação, educação, informação e pesquisa.
Educanvisa 
Com o objetivo de facilitar o aprendizado de temas complexos em saúde para o ensino fundamental, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou os jogos educativos Trilha da Saúde e Memória,disponíveis no site da Anvisa. O material didático serve como apoio ao aprendizado sobre propaganda e o uso racional de medicamentos.  
O lançamento dos jogos educativos aconteceu em Santa Catarina, durante encontro realizado para apresentação do Programa Educanvisa, no projeto político-pedagógico das escolas para o biênio 2008/2009. A Educanvisa contempla orientações sobre o consumo responsável de medicamentos e de outros produtos sujeitos à vigilância sanitária, além dos riscos da automedicação e da influência da propaganda enganosa, abusiva e errônea.
Hospitais Sentinelas

Para incentivar o uso racional de medicamentos, a Anvisa também desenvolve ações na área de farmacovigilância. Um exemplo é o programa Rede de Hospitais Sentinela, que reúne um conjunto de hospitais e unidades de todo o país. Cada hospital integrante da rede possui um responsável por notificar efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos.
Fonte: Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde. 
  disponível em: http://www.endocrino.org.br/os-perigos-da-automedicacao/
         

segunda-feira, 10 de março de 2014

É tempo de vacinação contra gripe

Mas Pacientes diabéticos devem receber vacinas?
Vejamos o que diz um especialista em diabetes: Dr. Carlos Eduardo Barra Couri
PhD em Endocrinologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP
Pesquisador da Equipe de Transplante de Células-tronco – USP – Ribeirão Preto
Coordenador do Departamento de Novas Terapias e Biotecnologia da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Como muitos já perceberam, o tratamento do diabetes é muito mais do que controlar as glicemias.
Pacientes diabéticos de todas as idades (especialmente os extremos de idade) têm maior risco de adquirir gripes e pneumonia. O que a maioria não sabe é que gripes são portas de entrada para pneumonias e as pneumonias podem ser graves.
Infelizmente muitos serviços de saúde e mesmo endocrinologistas desconhecem ou esquecem de informar seus pacientes da importância da vacinação.
Todos os pacientes diabéticos devem ter o seu cartão vacinal em dia e eles podem e devem receber todas as vacinas habituais que todos devemos receber, independente de ser diabéticos.
Há, entretanto, 2 vacinas que devem ser indicadas para os diabéticos:
  • Vacina anti-gripe: que deve ser aplicada anualmente no outono; não deve ser indicada para menores de 6 meses de idade;
  • Vacina anti-pneumonia: que deve ser aplicada pelo menos uma vez na vida e com reforço após os 65 anos de idade. Não deve ser aplicada em menores de 2 anos de idade.
Com o pedido de vacinação do médico em mãos, a rede pública de saúde é responsável por esta vacinação. Em clínicas de vacinação privadas também é possível fazer a imunização.
As vacinas são intra-musculares e praticamente indolores.
Procure o posto de Saúde mais próximo de sua residência e vacine-se contra gripe!

http://www.diabetes.org.br/noticias/e-tempo-de-vacinacao-contra-gripe

domingo, 9 de março de 2014

Tipos de diabetes

Há três tipos de diabetes: diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional.
Diabetes tipo 1 – É também conhecido como diabetes insulinodependente, diabetes infanto-juvenil e diabetes imunomediado. Neste tipo de diabetes a produção de insulina do pâncreas é insuficiente pois suas células sofrem o que chamamos de destruição autoimune. Os portadores de diabetes tipo 1 necessitam injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais. Há risco de vida se as doses de insulina não são dadas diariamente. O diabetes tipo 1 embora ocorra em qualquer idade é mais comum em crianças, adolescentes ou adultos jovens.
Diabetes tipo 2 – É também chamado de diabetes não insulinodependente ou diabetes do adulto e corresponde a 90% dos casos de diabetes. Ocorre geralmente em pessoas obesas com mais de 40 anos de idade embora na atualidade se vê com maior frequência em jovens, em virtude de maus hábitos alimentares, sedentarismo e stress da vida urbana Neste tipo de diabetes encontra-se a presença de insulina porém sua ação é dificultada pela obesidade, o que é conhecido como resistência insulínica, uma das causas de HIPERGLICEMIA. Por ser pouco sintomática o diabetes na maioria das vezes permanece por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento o que favorece a ocorrência de suas complicações no coração e no cérebro.
Diabetes Gestacional – A presença de glicose elevada no sangue durante a gravidez é denominada de Diabetes Gestacional. Geralmente a glicose no sangue se normaliza após o parto. No entanto as mulheres que apresentam ou apresentaram diabetes gestacional, possuem maior risco de desenvolverem diabetes tipo 2 tardiamente, o mesmo ocorrendo com os filhos.
http://www.diabetes.org.br/


Educação: uma arma contra o diabetes

O diabetes tipo 2 tem se tornado, ao longo dos anos, um problema de saúde pública, assumindo caráter epidêmico ao redor do mundo. Isso porque está associado ao estilo de vida dos tempos modernos, ou seja, ao sedentarismo e ao grande consumo de produtos industrializados, que acarretam a obesidade, um dos fatores que desencadeia o processo.

Um dos pilares do tratamento é a educação: a pessoa deve aprender a gerenciar sua doença e desenvolver a habilidade para o autocuidado.

O diabetes é uma condição complexa e tem um grande impacto na vida dos portadores e seus familiares. É muito difícil gerenciar uma doença crônica sozinho, e a resistência humana à mudança é natural e universal. Mudar requer tempo, esforço, coragem e pode causar conflitos com a família, com os amigos e com outras pessoas.
Quem tem diabetes precisa realizar transformações consideráveis no estilo de vida e, para obter sucesso, é necessário que adquira um bom conhecimento sobre a doença.

Não se pode pensar em educação em diabetes somente com o fornecimento de informação ao paciente. A informação é importante, mas o conhecimento do que fazer não ajuda se isto não leva a uma verdadeira mudança no cotidiano.

A educação em diabetes é um processo interativo, colaborativo e contínuo, que envolve o educador, o paciente e seus familiares. Ela deve ser fornecida por profissionais bem treinados, integrantes de uma equipe multidisciplinar, cuja função é proporcionar aos pacientes o conhecimento e a conscientização de seu problema e permitir que façam opções que evitem as complicações e, conseqüentemente, melhorem a sua qualidade de vida.

Artigo publicado no site da Amil em 2005