quarta-feira, 24 de junho de 2015

Ravióli de cúrcuma com alho-poró


Rendimento: 4 porções
Ingredientes
Massa
  • 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
  • 2 ovos
  • 1 colher (sopa) de azeite de oliva
  • 1 colher (café) de sal
  • 1 colher (chá) de cúrcuma (açafrão-de-raiz)
  • 50 g de queijo de minas light cortado em cubos

       Molho
  • 2 colheres (sopa) de azeite de oliva
  • 1 alho-poró cortado em fatias finas
  • 4 folhas de manjericão fresco
  • 8 azeitonas pretas grandes
Preparo
Massa
Coloque todos os ingredientes em um processador até obter uma massa firme. Deixe descansar por 15 minutos. Em uma mesa enfarinhada, abra a mistura com um rolo de massa. Corte rodelas de 6 cm e coloque um cubo de queijo no meio. Feche como se fosse um pastel. Cozinhe em panela grande com água abundante. Escorra e coloque em um refratário.
Molho
Aqueça o azeite e refogue o alho-poró em fogo baixo até amaciar. Junte o manjericão, mexa um pouco e adicione os raviólis e as azeitonas. Misture e sirva decorado com folhas de manjericão.
Informações nutricionais
1 Porção =      1 Fatia 160 g
Calorias                                273
Proteínas                           10,9 g
Gorduras totais                10,2 g
Carboidratos                     34,3 g
Fibras                                  2,5 g
Sódio                               266 mg
Gorduras saturadas           2,8 g
Colesterol                         97 mg

influência dos ritmos circadianos no desenvolvimento de doenças metabólicas.

Na sociedade moderna, não é surpreendente que ocorra o desenvolvimento e/ou progressão de uma grande variedade de doenças advindas do desalinhamento nos ritmos naturais (com base no dia de 24 horas) incluindo doenças inflamatórias e metabólicas.
O relógio circadiano é um mecanismo que tem como principal função sincronizar o sistema endógeno em um período de 24 horas. Os ritmos circadianos são uma característica crítica e proeminente das células, tecidos e órgãos, que auxiliam o organismo a executar suas funções com mais eficiência. Além disso, os ritmos circadianos controlam uma variedade de processos biológicos, incluindo: ciclo do sono, temperatura corporal, secreção hormonal, função intestinal, homeostase da glicose e função imunológica (1).
O ritmo biológico é regulado pelo núcleo supraquiasmático (NSQ), localizado no hipotálamo. O NSQ é regulado por estímulos de células ganglionares da retina e é por este mecanismo que direciona os aspectos fisiológicos das fases clara e escura do ciclo. Os ritmos circadianos existem em quase todas as células do corpo e atuam como sincronizadores do sistema imunológico, do coração, do tecido adiposo, do pâncreas e do fígado (2).
Apenas alguns genes metabólicos são alvos diretos dos genes circadianos, esses alvos incluem muitos fatores de transcrição e alguns moduladores de transcrição e tradução. Dentre os genes controlados pelo ciclo circadiano, são incluídos fatores reguladores de lipídios, da biossíntese do colesterol, do metabolismo de carboidratos, da fosforilação oxidativa, e dos níveis de glicose (3,4).  
Um dos fatores ambientais que afetam seletivamente ritmicidade circadiana no intestino e no fígado é a alimentação. Quando a alimentação ocorre em períodos incorretos, podem ser observados desalinhamentos no ciclo circadiano interno, por exemplo, a restrição da alimentação resulta em desordem entre os ritmos centrais e periféricos, incluindo os localizados no fígado (5).
Estudos recentes sugerem que o desalinhamento crônico dos ritmos circadianos está diretamente relacionado com ganho de massa, obesidade e disfunções metabólicas. De fato, segundo Arble, roedores que se alimentaram em horários inapropriados ganharam mais massa quando comparados a animais que foram submetidos a uma alimentação regular (6,7). Este fenômeno também foi observado em seres humanos que não se alimentam logo pela manhã ou que possuíram padrões alimentares trocados entre dia e noite, resultando em maior ganho de massa frente aos que consumiram alimentos em períodos apropriados (8, 9).
Neste contexto, conclui-se que há uma crescente evidência, tanto experimental quanto epidemiológica de que o desalinhamento circadiano, por condições ambientais tais como ciclo claro/escuro e alimentação, interrompe os ritmos metabólicos e leva a alterações metabólicas, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

Como saber se você é pré-diabético

A diabetes é uma síndrome metabólica caracterizada pela falta de insulina e/ou incapacidade do organismo em produzi-la. Hoje em dia, o tratamento para diabéticos é basicamente verificar regularmente o nível de açúcar no sangue e injetar-se com insulina para mantê-lo sob controle. A doença não tem cura, mas pode ser evitada – pelo menos no que se trata do tipo 2. Antes da diabetes tipo 2 se desenvolver, há quase sempre um período de pré-diabetes onde níveis de açúcar no sangue estão em uma zona de perigo acima do normal, mas abaixo do nível considerado diabético.
De acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, cerca de um em cada três adultos americanos são pré-diabéticos, mas apenas 11% das pessoas estão cientes de sua condição. Cura para diabetes? Cientistas induzem células embrionárias a fabricar insulina A pré-diabetes é séria porque muitas das consequências da doença – incluindo danos nos nervos, problemas oculares e doenças cardíacas – já começam no corpo antes mesmo do diagnóstico ser fechado. Sem intervenção médica, existe uma alta probabilidade de que a pré-diabetes evolua para a diabetes dentro de três a 10 anos. Fatores de risco A pré-diabetes muitas vezes não tem sintomas óbvios e pode ocorrer independentemente da idade, por isso é muito importante que você saiba monitorar seus números de glicose. Isto é especialmente verdadeiro se você tiver qualquer um dos seguintes fatores de risco para diabetes: – Sobrepeso ou obesidade; – Distribuição central de gordura em torno do abdômen (às vezes chamado de forma de “maçã”); – Histórico de diabetes gestacional; – Histórico de diabetes na família; – Histórico de níveis de açúcar no sangue elevados. Sintomas da diabetes Os sintomas da diabetes incluem aumento da sede, micção frequente, cansaço e visão turva. Portanto, se você está sentindo alguma dessas coisas, é melhor procurar um médico.
O que posso fazer para evitar que pré-diabetes evolua? Se você é pré-diabético, você pode fazer mudanças de estilo de vida para prevenir a progressão da doença reduzir o risco de outros problemas de saúde, como doenças cardíacas, derrame, colesterol alto e pressão arterial elevada. Uma pesquisa norte-americana mostrou que a perda de peso, a alimentação saudável e o aumento de atividade física muitas vezes pode retornar os níveis de açúcar no sangue a um nível ideal. Tente fazer algumas mudanças que você consiga sustentar, e consulte um clínico geral para acompanhar e manter os cuidados de saúde. Perda de peso Mesmo se você não chegar ao seu peso “ideal”, perder apenas 5 a 9 kg pode reduzir a probabilidade de a doença progredir. Dieta saudável Escolha alimentos que são baixos em gordura saturada e calorias e ricos em fibras, como vegetais, frutas e grãos integrais. Exercício físico Incorpore em sua rotina algo entre 30 a 60 minutos de atividade física moderada na maioria dos dias da semana. Você também pode quebrar o seu exercício em segmentos mais curtos ao longo do dia. A causa e a cura da diabetes podem estar na sua barriga
Durma bem A mesma pesquisa sugere que pelo menos seis horas de sono a cada noite pode ajudar a reduzir a resistência à insulina. Se o seu sono é perturbado pelo ronco alto ou você acorda com falta de ar, pode estar passando por apneias do sono, uma condição de saúde grave que pode piorar a pré-diabetes. Tome os medicamentos corretos Alguns medicamentos para diabetes são prescritos para pacientes com pré-diabetes para evitar a condição de progredir. Procure um médico Se você desconfia que está com pré-diabetes, procure um médico para sanar essa dúvida. 

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Quando a culpa é da tireoide?

Dia 25 de maio é o Dia Internacional da Tireoide. As principais doenças da tireoide, o hipotireoidismo e o hipertireoidismo são, assim como o diabetes, muito comuns, principalmente em mulheres. Frequentemente, sintomas comuns e algumas vezes vagos são atribuídos à disfunções tireoidianas, de forma imprópria. Mas afinal de contas o que tem a ver falar de tireoide em um site sobre diabetes?
Na verdade, doenças da tireoide são até mais comuns em diabéticos do que na população em geral. Além disso, disfunções dos hormônios tireoidianos podem afetar o controle das glicemias, e vice-versa. Ou seja, diabetes e doenças da tireoide, embora diferentes, estão sim conectados de alguma forma.
Primeiramente, o hipotireoidismo. É a doença mais comum que acomete a tireoide e ocorre quando, por algum motivo, a glândula produz uma quantidade insuficiente de seus hormônios, o T3 e o T4. A principal causa é um distúrbio autoimune, conhecido como doença de Hashimoto. Sendo autoimune, é muito frequente em pessoas com diabetes tipo 1, o qual também tem origem imunológica. Até 20-30% dos pacientes com diabetes tipo 1 podem apresentar auto-anticorpos ou disfunção tireoidiana, sendo o hipotireoidismo a forma mais comum.
Já em pacientes com diabetes tipo 2, o hipotireoidismo também é mais frequente do que em não diabéticos, principalmente na sua forma mais leve, conhecida como hipotireoidismo subclínico. Por outro lado, o hipotireoidismo pode afetar o diabetes, especialmente em quadros mais avançados e quando se apresenta em idosos, por predispor a hipoglicemias, às vezes mesmo sem o uso de insulina.
Por fim, a obesidade, por aumentar os níveis da insulina e leptina, pode levar ao aumento do TSH (hormônio controlador da função da tireóide) e levar a uma falsa impressão de hipotireoidismo nos exames laboratoriais destes pacientes. Com a perda de peso, ocorre a normalização do exame e neste caso a alteração tireoidiana é consequência e não causa do ganho de peso.
Já o hipertireoidismo é mais comum naqueles com mais idade e com aumento do volume da glândula. Os de origem autoimune também são mais comuns nos portadores de diabetes tipo 1, embora menos frequente que a doença de Hashimoto. De forma reversa, o aumento de T3 e T4 no sangue de pacientes com diabetes pode levar, dentre outras manifestações, a um aumento da glicemia. Isso pode fazer com que os pacientes precisem de ajustes na dose de medicações ou insulina. Pode ainda causar elevações de glicemia nos pacientes que já apresentam risco elevado para diabetes, como por exemplo aqueles com glicemia de jejum alta.
Por fim, algumas situações especiais merecem destaque. O mau controle das glicemias, em ambos os tipos de diabetes, pode levar a uma queda nos níveis sanguíneos de T3 e T4, devido a um estado inflamatório mais exacerbado, bem como à perda de peso que comumente ocorre nos casos de diabetes descompensado. Medicamentos usados no tratamento do diabetes também podem levar a alterações nos exames usados para diagnóstico de disfunção tireoidiana. Alguns exemplos são a metformina, glitazonas e a própria insulina. Portanto, embora sejam mais frequentes que o habitual, as doenças da tireoide devem ser diagnosticadas com cautela nos pacientes com diabetes, especialmente se portadores de obesidade, controle glicêmico ruim e/ou em uso de medicações que afetem o eixo hormonal tireoidiano.
Assim, não é difícil perceber que pode ser muito ampla e variada a interação entre estas duas doenças tão comuns. De especial interesse, o diagnóstico de disfunções da tireoide pode não ser tão simples quanto em outros pacientes, especialmente naqueles portadores de diabetes tipo 2 que estão acima do peso ideal. Mas uma possível disfunção tireoidiana deve ser pesquisada em todo paciente com diabetes tipo 1, devido a frequência muito alta de coexistência das duas doenças, e em todo paciente com diabetes tipo 2 que apresente algum indício de alterações atípicas nos níveis glicêmicos ou sintomas compatíveis.
Fonte:http://www.diabetes.org.br/temas-atuais-sbd/quando-a-culpa-e-da-tireoide

Técnica inadequada de aplicação de insulina pode levar à lipo-hipertrofia

O que é lipo-hipertrofia?
A lipo-hipertrofia é um acúmulo anormal de gordura sob a superfície da pele. É mais comumente observada em pessoas que recebem múltiplas injeções diárias de insulina, o que pode causar o aparecimento de “caroços” no subcutâneo, geralmente ocorrendo no abdómen ou nas coxas, dependendo de onde as aplicações de insulina ocorrem com maior frequência. Essas alterações apresentam tamanhos e volumes variáveis, desde nódulos de alguns milímetros até vários centímetros de diâmetro.
O aspecto mais importante dessa alteração é que ela pode interferir na eficácia da terapia insulínica, uma vez que quando a insulina é aplicada nessa massa de tecido gorduroso, pode apresentar um retardo significativo na absorção de insulina, levando o paciente a picos de hiperglicemia. Mais tarde, esse retardo pode levar a uma redução perigosamente baixa dos níveis sanguíneos de glicose, uma vez que a absorção de insulina e a consequente liberação para a corrente sanguínea fica prejudicada num primeiro momento após a injeção e, depois, toda a insulina é liberada mais rapidamente, levando à situação oposta de hipoglicemia. Em resumo, a presença de lipo-hipertrofia pode tornar o gerenciamento glicêmico do diabetes bastante mais difícil.
Outro aspecto importante é que metade das pessoas com diabetes tipo 1 (DM1) apresentam lipo-hipertrofia que se desenvolve dentro de dois anos após o início da terapia insulínica, provavelmente porque a má técnica de injeção é que leva a essa complicação do diabetes.
A figura 1 mostra as lesões de lipo-hipertrofia, ressaltando a variabilidade no tamanho dos nódulos gordurosos do tecido subcutâneo.
Figura 1 – Nódulos de lipo-hipertrofia
Prevenindo a lipo-hipertrofia
Em princípio, a principal causa da lipo-hipertrofia é a utilização do mesmo local para a aplicação de várias doses diárias de insulina. Entretanto, pode haver outros fatores contribuintes para essa alteração, dentre os quais um dos mais importantes fatores de risco está relacionado ao reuso da agulha por várias vezes, quando a recomendação correta seria a utilização de uma agulha nova para cada aplicação.
A rotatividade dos locais de injeção deve ser obedecida. É necessário evitar injeções no mesmo local durante pelo menos duas semanas. Quando injetando em local próximo ao local anterior, deixe uma distância de aproximadamente dois dedos entre uma injeção e outra. Também é importante salientar que a absorção de insulina ocorre em diferentes taxas, dependendo de onde ela é injetada: em geral, o abdome absorve a insulina injetada mais rapidamente, enquanto que as nádegas promovem uma taxa mais baixa de absorção da insulina.
Recomenda-se uma inspeção rotineira dos locais de injeção com o objetivo de se detectar sinais mais precoces de lipo-hipertrofia. Os nódulos podem ser suficientemente pequenos para serem detectados através da palpação cuidadosa da superfície cutânea nos locais de injeção. Com frequência, a área sob a qual exista um nódulo de lipo-hipertrofia se torna menos sensível ao tato, o que acaba tornando a injeção nesses locais um pouco menos dolorosa. Com isso, o paciente acaba selecionando esses locais específicos para aplicar a insulina, acelerando a progressão do tamanho do nódulo.
Como tratar a lipo-hipertrofia?

A boa notícia é que, no decorrer do tempo, os nódulos tornam-se progressivamente menores, sem necessidade de qualquer tratamento adicional, desde que a injeção nesses locais seja feita de acordo com as recomendações para a rotatividade dos locais de injeção. Nos casos mais graves de lipo-hipertrofia, a lipossucção é um processo que remove o nódulo gorduroso que existe sob a pele, mas ainda é um procedimento eficaz para a exclusão definitiva de nódulos grandes nos casos mais graves. A figura 2 mostra uma manifestação bastante pronunciada de lipo-hipertrofia.

Figura 2 – Um caso de manifestação bastante pronunciada de lipo-hipertrofia nas coxas.
Resumo das conclusões e recomendações
A lipo-hipertrofia é uma complicação bastante importante do diabetes, estando primariamente relacionada à aplicação de várias injeções diárias de insulina, principalmente no diabetes tipo 1, onde a frequência de aplicações é costumeiramente mais expressiva. Entretanto, ela também ocorre no diabetes tipo 2, embora com menor frequência. 
Outro grande fator de risco para a lipo-hipertrofia é o reuso abusivo da mesma agulha para a aplicação de várias injeções de insulina, quando a recomendação correta é a de se utilizar uma agulha nova para cada injeção.