terça-feira, 17 de novembro de 2015

Quiche de presunto

Ingredientes
Massa
  • 1 pote de iogurte natural desnatado (200 g)
  • 2 colheres (sopa) de margarina cremosa sem sal
  • 1 colher (café) de sal
  • Cerca de 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
Recheio
  • 2 cebolas cortadas em rodelas finas
  • 1 colher (sopa) de azeite de oliva
  • 2 xícaras (chá) de acelga picada
  • 100 g de presunto sem capa de gordura picado
Cobertura
  • 1 gema
  • 3 claras
  • 1 pote de iogurte natural desnatado (200 g)
  • 3 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado light 
Preparo
Massa
Misture o iogurte, a margarina e o sal e adicione a farinha de trigo aos poucos até obter uma massa firme que desgrude das mãos. Deixe descansar 15 minutos.
Recheio
Refogue a cebola no azeite até murchar. Adicione a acelga e o presunto, mexa por 5 minutos e reserve. Espere esfriar.
Cobertura
Bata os ingredientes no liquidificador.
Montagem
Forre com a massa o fundo e as laterais de uma forma de torta média e faça alguns furos no fundo. Leve ao forno médio (180 °C), preaquecido, por 10 minutos. Coloque o recheio e cubra com o creme de iogurte. Leve ao forno novamente por cerca de 30 minutos ou até a torta ficar firme e dourada.

Informações nutricionais
1 Porção = 1 Fatia80 g
Calorias177
Proteínas 4,5 g
Gorduras totais3 g
Carboidratos 11,1 g
Fibras 0,3 g
Sódio118 mg
Gorduras saturadas  1,1 g
Colesterol12 mg
Rendimento: 12 porções

F
onte: http://www.diabetes.org.br/receitas-diabetes/receitas-lanches/quiche-de-presunto

Abuso de álcool no paciente diabético

Uma das dúvidas mais comuns no consultório quando um paciente diabético está em tratamento é sobre ingerir bebidas alcóolicas ou não. E aqui, para responder, precisamos explicar um pouco...
As bebidas alcóolicas, além do álcool, são compostas de carboidratos. No geral, falamos que as bebidas contêm calorias vazias, ou seja, que ingere bebidas alcoólicas ingere calorias mas, não ingere nutrientes, sendo portanto um alimento nutricionalmente pobre.
Para os pacientes diabéticos tipo 2, ingerir bebidas alcoólicas pode levar inicialmente ao aumento dos níveis de glicose no sangue, se a bebida for acompanhada da alimentação. Isso porque as bebidas alcoólicas são, geralmente, muito calóricas. E calorias a mais são iguais a ganho de peso.
No entanto, uma situação inversa pode acontecer. O nosso fígado tem várias tarefas essenciais ao nosso corpo. Uma delas é controlar os níveis de açúcar na corrente sanguínea. Quando um paciente diabético bebe de estômago vazio, o fígado fica muito ocupado desativando o álcool ingerido, e dessa forma não consegue regular a quantidade de açúcar no sangue de forma correta. O resultado é que as taxas de açúcar no sangue podem cair, levando ao risco de hipoglicemia.
Para os pacientes diabéticos adultos, a ingestão diária de etanol deve ser limitada a uma dose ou menos para mulheres e duas doses ou menos para homens. Isso é o equivalente a 1 dose 150 ml de vinho (1 taça) ou 360 ml de cerveja ou 45 m de destilados, o que equivale a 15 g de etanol.
Aqui, nunca o paciente deve beber sem se alimentar, e recomenda-se que seja feita uma alimentação antes e também que a glicose seja controlada durante o período de ingestão do álcool. Ah, lembre-se que gestantes, crianças, adolescentes e pacientes com problemas de colesterol e fígado não devem beber!
Tenha sempre cuidado. Quantidades maiores que 30g de etanol por dia podem causar sérios danos como desidratação, aumento da insulina e da pressão. Se você não é diabético, bebidas em excesso são uma das principais causas de desenvolvimento de Diabetes tipo 2, porque estão associadas ao ganho de peso. Para terminar, mais um recado: nunca dirija depois de beber! Saúde, você só tem uma!

Diabéticos: evitando oscilações nos níveis de glicemia


Para os pacientes diabéticos, manter os níveis de açúcar em níveis controlados é fundamental. Tanto para evitar o aumento dos níveis de glicemia, mas também para prevenir que os níveis de açúcar se reduzam excessivamente: a hipoglicemia.
Por definição, a hipoglicemia é uma situação onde há pouca quantidade de glicose no sangue, e leva a uma série de sintomas como: tremores, sudorese, nervosismo, fraqueza, sonolência, fadiga, piora na coordenação e que podem se agravar, chegando mesmo até a perda de consciência e ao coma.
Para o paciente diabético, a principal causa de hipoglicemia é o próprio tratamento. Isto acontece por alguns motivos. Muitos diabéticos utilizam medicamentos que estimulam o pâncreas a fabricar mais insulina na tentativa de corrigir os níveis de açúcar na corrente sanguínea (como glibenclamida ou gliclazida, por exemplo). Estas medicações podem causar uma produção um pouco superior de insulina e com isso os níveis de açúcar na corrente sanguínea se reduzirem acima do necessário. Um simples ajuste de dose de medicamentos já é suficiente.
No entanto, existem casos em que as medicações estão na dose corretam seja medicações por via oral ou mesmo insulina injetável, e o paciente acaba pulando refeições ou se alimentando menos do que o necessário. Neste casos, os medicamentos irão agir reduzindo os níveis de glicemia, porém como o paciente não se alimentou, a hipoglicemia ocorrerá. De forma semelhante, quando o paciente se exercita de forma intensa e aplica insulina ou toma medicamentos sem se alimentar para compensar, existe grande possibilidade da hipoglicemia ocorrer. Isto porque a dose de insulina que a pessoa irá aplicar depende sempre da quantidade de carboidrato ingerido no dia. Existe ainda outra possibilidade, que é o erro na aplicação de insulina: uma pessoa acabar injetando mais insulina do que o necessário, e a hipoglicemia é a consequência, infelizmente.

Uma grande dúvida nas consultas é se condições do clima muito quente pode gerar quadros de hipoglicemia. O que se sabe é que a exposição solar durante longos períodos e climas muito quentes favorecem o quadro de desidratação. Se a pessoa permanecer por muito tempo sem se alimentar, há chances da hipoglicemia ocorrer de maneira associada ao quadro.
O recado e a lembrança são: os níveis de açúcar no sangue do paciente diabético devem estar sempre bem controlados. O excesso de açúcar causa problemas na retina, nos rins e aumenta o risco de problemas cardíacos, por exemplo. Já os níveis de açúcar abaixo do necessário, a hipoglicemia, podem afetar o cérebro, causando convulsões e coma.
O Diabetes é uma doença que vai precisar de uma atenção redobrada por parte dos seus pacientes, como se fosse uma planta delicada: com cuidados corretos, medicamentos nas doses ajustadas, alimentação controlada, a evolução tente a ser a melhor possível.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Nhoque ao molho mediterrâneo

Rendimento: 6 porções
Ingredientes
Massa
  • 4 xícaras (chá) de mandioquinha cozida e amassada
  • 4 claras
  • 2 colheres (sopa) de margarina cremosa sem sal
  • 2 colheres (café) de sal
  • 1 xícara (chá) de farinha de trigo, aproximadamente
Molho
  • 1 colher (sopa) de azeite de oliva
  • 2 dentes de alho amassados
  • 1 cebola picada
  • 1 berinjela cortada em tiras
  • 1 abobrinha cortada em tiras
  • 4 tomates sem pele e sem sementes picados
  • 1/2 xícara (chá) de água
  • 1/2 xícara (chá) de purê de tomate
  • 1 colher (café) de sal
  • 2 colheres (sopa) de queijo parmesão light ralado
  • Manjericão fresco a gosto (opcional)
Preparo
Massa
Misture a mandioquinha, as claras, a margarina e o sal. Aos poucos, adicione a farinha até obter uma massa firme. Faça rolinhos com a massa e corte-os em pedaços ou bolinhas. Coloque uma panela grande com 4 litros de água no fogo e quando ferver, adicione os nhoques, aos poucos, até que subam à superfície. Coloque em uma travessa e reserve.
Molho
Aqueça o azeite em uma panela antiaderente e refogue o alho e a cebola até dourarem. Acrescente a berinjela, a abobrinha, os tomates, a água, o purê de tomate e o sal. Deixe apurar bem. Cubra os nhoques com o molho e polvilhe o queijo. Leve ao forno apenas para aquecer. Se quiser, decore com manjericão. 
Informações nutricionais
1 Porção = 1 Fatia

190 g
Calorias216
Proteínas 7,1 g
Gorduras totais5,2 g
Carboidratos 35 g
Fibras 1,4 g
Sódio230 mg
Gorduras saturadas  1,2 g
Colesterol2 mg


Fonte:http://www.diabetes.org.br/receitas-diabetes/receitas-refeicoes/nhoque-ao-molho-mediterraneo

Retinopatia diabética: aprenda a manter a visão saudável

O que é retinopatia diabética?
Retinopatia diabética é uma condição que ataca os olhos das pessoas com diabetes mellitus, mais especificamente a retina. A retina é a camada mais interna do olho e é responsável por transformar as imagens que enxergamos em impulsos elétricos que são levados ao nosso cérebro.
A retinopatia diabética é uma das principais causas de perda de visão e cegueira e quanto mais altos os níveis de glicose (açúcar no sangue), maior a chance de se desenvolver lesões na retina.
- Quais os sintomas da retinopatia diabética?
A grande maioria das pessoas que tem retinopatia diabética não apresenta sintomas até que a doença esteja muito avançada. E nestes casos, geralmente, é tarde demais para se tentar salvar a visão. É por este motivo que se deve fazer o rastreamento para prevenir a perda de visão.
São sintomas de retinopatia diabética avançada:
  • visão borrada;
  • pontos escuros ou flutuantes;
  • dificuldade em focar objetos;
  • dificuldade em diferenciar as cores.
- Como é feito o rastreamento da retinopatia diabética?
O rastreamento é feito pelo médico oftalmologista através do exame do fundo do olho. Este exame pode ser feito de duas maneiras:
  • exame do olho dilatado: o médico pinga um colírio que dilata a pupila e examina diretamente a retina com um aparelho chamado oftalmoscópio.
  • imagem digital da retina: são tiradas fotos da retina dos dois olhos através de uma câmera especial. Estas fotos são então avaliadas pelo médico.
- Quando se deve começar o rastreamento?
Depende do tipo de diabetes. Nas pessoas com diabetes mellitus tipo 2, independente da idade, o rastreamento começa no momento do diagnóstico. Já nas pessoas com diabetes mellitus tipo 1, o rastreamento começa 3 a 5 anos após o diagnóstico. Crianças com diabetes mellitus tipo 1 devem começar o rastreamento a partir dos 10 anos de idade, se forem diabéticas a pelo menos 3 ou 5 anos. Após iniciado, o rastreamento passa a ser feito pelo menos 1 vez por ano.
- Como é o tratamento da retinopatia diabética?
O melhor tratamento é a prevenção. Preveni-se a retinopatia diabética mantendo controlados os níveis de glicose e a pressão arterial. Contudo, quando existe risco de perda de visão, pode-se tratar a retinopatia diabética com laser ou com cirurgia no olho, dependendo do caso.
Se você é diabético(a), mantenha acompanhamento regular com seu endocrinologista para manter controladas glicose e pressão arterial. Além disso, faça o rastreamento anual com o oftalmologista e, assim, cuide da sua visão.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Bolo salgado de atum

Rendimento: 14 porções                                                                     
Ingredientes
·                     4 colheres (sopa) de margarina cremosa sem sal
·                     3 ovos
·                     1 xícara (chá) de leite desnatado
·                     2 xícaras (chá) de farinha de trigo
·                     1 colher (sopa) de fermento em pó
·                     1 colher (chá) de sal
·                     2 latas de atum light
·                     1 lata de milho-verde
·                     2 tomates sem pele e sem sementes picados
·                     2 colheres (sopa) de azeitonas verde picadas
·                     Salsa picada a gosto
Preparo
Bata a margarina com as gemas até ficar um creme. Alterne o leite com a farinha de trigo e, por último, adicione o fermento, o sal e as claras em neve. Misture o restante dos ingredientes e coloque em uma forma de bolo média untada com margarina. Asse em forno médio (180 °C), preaquecido, por cerca de 50 minutos. Desenforme e, se quiser, sirva enfeitado com salada de alface.
Informações nutricionais

1 Porção = 1 Fatia
80 g
Calorias
156
Proteínas 
9,4 g
Gorduras totais
5,6 g
Carboidratos 
17 g
Fibras 
0,9 g
Sódio
298 mg
Gorduras saturadas 
 1,6 g
Colesterol
6 mg

 

Saúde Alerta: Diabetes – O inimigo silencioso

Estima-se que cerca de 10% da população adulta brasileira sejam diabéticos. Segundo dados da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), 41% tomam medicamentos, 29% fazem apenas dieta, 23% não seguem nenhum tratamento e 7% são dependentes de insulina. Diabetes - O inimigo silencioso Diabetes – O inimigo silencioso O diabetes é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e entupimento de artérias, especialmente das pernas e pés, além de formação de aneurismas — dilatação de um vaso sanguíneo. Um estilo de vida saudável dificulta o aparecimento dos males que podem acometer as funções do coração.
O risco de sofrer um infarto aumenta 40% nos diabéticos homens e 50% nas mulheres que têm a doença. Quando a enfermidade se instala, potencializa outras condições de risco, como a pressão alta e o colesterol elevado. O diabetes é uma espécie de combustível perverso, difícil de ser removido e pronto para causar muitos problemas. O diabetes tipo II oferece mais risco para o aparecimento de doenças cardiovasculares. A má alimentação, falta de atividade física regular e de acompanhamento médico adequado são hábitos que devem ser modificados. Cuidados dietéticos protegem o pâncreas, e dessa forma evita seu esgotamento precoce quanto à capacidade de produção de insulina.
Embora o diabetes tipo I seja menos frequente e ocorra na infância ou na adolescência, a enfermidade está associada a um problema imunológico. O portador dessa categoria da doença precisa de insulina diariamente para controlar a glicose no sangue. Deve-se controlar o peso, praticar atividades físicas regulares, reduzir carboidratos, bem como realizar refeições em horários regulares, são atitudes que podem prevenir o diabetes tipo II, além de controlar definitivamente a doença e, consequentemente, garantir o bom funcionamento do coração. Entretanto, em alguns casos podem ser necessários medicamentos para controlar a glicemia do paciente. Além do paciente diabético ter mais risco de contrair doenças do coração, é necessário cuidado redobrado mesmo após o tratamento. Isso porque sempre haverá tendência de obstruções das artérias. É importante não procurar por ajuda apenas em momentos mais sérios, mas principalmente para prevenção de patologias. Se as doenças não forem evitadas, poderão trazer consequências muito mais graves à saúde. Diabetes e doenças cardiovasculares As doenças cardiovasculares estão entre as causas mais frequentes de morte no Brasil. Evitar o diabetes significa afastar essa ameaça. E não é difícil seguir esse caminho. Primeiro, é necessário avaliar a presença de fatores de risco, como tabagismo, excesso de gordura abdominal, hipertensão, sedentarismo, dieta pobre em fibras e história de diabetes na família. Quando esses fatores existem, o acompanhamento com um profissional de saúde promove uma melhora gradual no estilo de vida e reduz o risco de desenvolver a doença em cerca de 60%. Em pessoas com diabetes, a orientação ajuda a reduzir a gordura abdominal e a controlar melhor os níveis de pressão arterial, colesterol e glicose, diminuindo os riscos de infarto e de AVC. Aqueles que não desenvolveram nenhum fator de risco sabem: boa alimentação (rica em frutas, hortaliças (legumes e verduras), grãos integrais, produtos como leites e seus derivados desnatados) e exercício físico regular podem manter o diabetes longe. “Não deixe a diabetes colar em você”, prevenir ainda é o melhor remédio.

Diabetes e Menopausa

A chegada da menopausa é uma fase que gera muitas dúvidas para as mulheres. Algumas vezes os sintomas se iniciam anos antes, período chamado de perimenopausa ou permanecem por cerca de 3 anos após a parada da menstruação. O fato é que de qualquer forma a menopausa incomoda a grande maioria das mulheres, seja por conta de sintomas físicos como os fogachos (o “calorão”) ou sintomas psíquicos como perda de motivação no trabalho ou na vida sexual.

Além disso, é sabido que a menopausa é uma fase de transição. A parada da produção dos hormônios femininos e o consequente término dos ciclos menstruais vão alterar a condição física da mulher, que deverá se adaptar a esta nova fase da vida. E, para a mulher com diagnóstico de diabetes, alguns cuidados são importantes nesta mudança.

Seja diabética tipo 1 ou 2, a preocupação na fase da menopausa deve começar com o peso. É sabido que há uma tendência natural de redução do metabolismo da mulher após o período da menopausa, pela diminuição dos hormônios femininos, o que a faz queimar menos calorias. O risco aqui é o consequente ganho de peso e com mais peso, há maior chance de ocorrer a resistência insulínica, quando ficará mais difícil controlar o diabetes.

Sabemos que os hormônios femininos estrógeno e progesterona ajudam a manter o diabetes mais estável, por auxiliarem no controle da insulina. No entanto, com a menopausa e a parada na produção destes hormônios, é possível que os níveis de açúcar no sangue se tornem mais instáveis, e o ajuste de dose dos medicamentos seja necessário.

Outro cuidado importante é o do raciocínio inverso: se a menopausa pode fazer com que o controle do Diabetes oscile, também os sintomas da menopausa normal podem ser confundidos com os do Diabetes alterado. Por exemplo: o calorão da menopausa pode, em alguns casos, ser confundido com hipoglicemia, a falta de ânimo e cansaço que podem ocorrer na menopausa serem encarados como níveis altos de açúcar no sangue.

Para que esta fase seja a mais tranquila possível, o caminho é o controle. Medir a glicemia de forma mais frequente e realizar exames laboratoriais de rotina com acompanhamento médico mais assíduo, para que ajustes importantes possam ser feitos sob medida. Além disso, realizar uma dieta controlada, atividade física, acompanhamento ginecológico e considerar tratamento correto da menopausa, são passo importantes a serem seguidos nesta etapa.

A Polêmica do Óleo de Coco

Posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) sobre o uso do óleo de coco para perda de peso. 
Considerando que muitos nutricionistas e médicos estão prescrevendo óleo de côco para pacientes que querem emagrecer, alegando sua eficácia para tal propósito; 
Considerando que não há qualquer evidência nem mecanismo fisiológico de que o óleo de côco leve à perda de peso; 
Considerando que o uso do óleo de côco pode ser deletério para os pacientes devido à sua elevada concentração de ácidos graxos saturados, como ácido láurico e mirístico;
A SBEM e a ABESO posicionam-se frontalmente contra a utilização terapêutica do óleo de coco com a finalidade de emagrecimento, considerando tal conduta não ter evidências científicas de eficácia e apresentar potenciais riscos para a saúde.
A SBEM e a ABESO também não recomendam o uso regular de óleo de coco como óleo de cozinha, devido ao seu alto teor de gorduras saturadas e pró-inflamatórias. O uso de óleos vegetais com maior teor de gorduras insaturadas (como soja, oliva, canola e linhaça) com moderação, é preferível para redução de risco cardiovascular.
Dr. Alexandre Hohl
Presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

Fonte:http://www.endocrino.org.br/polemica-do-oleo-de-coco/

As micoses e os pés dos pacientes com Diabetes Mellitus

Micoses são infecções causadas por fungos e podem ser superficiais, subcutâneas, oportunistas ou sistêmicas. As micoses superficiais acometem a pele e seus anexos, como unhas, pêlos e cabelos. A incidência deste tipo de infecção aumentou muito nos últimos vinte anos, pelo uso de medicamentos imunossupressores, antineoplásicos, antibióticos de amplo espectro, cirurgias muito agressivas e especialmente por causa de doenças imunossupressoras, como o Diabetes Mellitus.
O Diabetes Mellitus desencadeia uma série de complicações aos pacientes, incluindo complicações neurológicas e vasculares, que propiciam o aparecimento de calosidades e feridas por pressão, que quando não cuidadas adequadamente podem evoluir para quadros mais graves, levando infelizmente à amputação de membros inferiores. Um dos fatores que pode complicar tal quadro é a presença de infecção fúngica no local, o que pode ser um fator determinante no estabelecimento de uma infecção mais profunda atingindo o tecido ósseo, a chamada osteomielite, outro fator de risco para amputação.
Com certeza, prevenir é muito melhor do que remediar, então a todos os pacientes e especialmente àqueles que não costumam olhar com carinho para seus pés peço que o façam e que anualmente consultem-se com profissionais especializados em podiatria para avaliação dos pés.
O risco de complicações podais é iminente, especialmente àqueles que não realizam o autocuidado da pele e dos pés corretamente, como, por exemplo, uso de calçado inadequado e higiene aquém do necessário, o que proporciona a fixação e o desenvolvimento de fungos nesses locais, agravando situações em que existem lesões, disseminando a infecção ou dificultando a cicatrização de tecidos acometidos.
O uso de antifúngicos orais não é indicado para pacientes tratados com hipoglicemiantes orais (medicamentos para controle da glicemia elevada), uma vez que pode afetar a capacidade hepática do paciente, deixá-lo longe de manter seu controle glicêmico e existe o grande risco de interações medicamentosas, o que prejudica a eficácia de tais medicamentos.
Assim, o primeiro passo para prevenir complicações podais relacionadas a fungos é, mais uma vez, o autocuidado do paciente, que deve observar atentamente quaisquer alterações na pele dos pés e em suas unhas e caso encontre procure um profissional especializado, que irá tratá-lo da melhor forma possível.

Fig 1: Pé de paciente com diabetes e lesão sugestiva de onicomicose

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Ravióli de cúrcuma com alho-poró


Rendimento: 4 porções
Ingredientes
Massa
  • 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
  • 2 ovos
  • 1 colher (sopa) de azeite de oliva
  • 1 colher (café) de sal
  • 1 colher (chá) de cúrcuma (açafrão-de-raiz)
  • 50 g de queijo de minas light cortado em cubos

       Molho
  • 2 colheres (sopa) de azeite de oliva
  • 1 alho-poró cortado em fatias finas
  • 4 folhas de manjericão fresco
  • 8 azeitonas pretas grandes
Preparo
Massa
Coloque todos os ingredientes em um processador até obter uma massa firme. Deixe descansar por 15 minutos. Em uma mesa enfarinhada, abra a mistura com um rolo de massa. Corte rodelas de 6 cm e coloque um cubo de queijo no meio. Feche como se fosse um pastel. Cozinhe em panela grande com água abundante. Escorra e coloque em um refratário.
Molho
Aqueça o azeite e refogue o alho-poró em fogo baixo até amaciar. Junte o manjericão, mexa um pouco e adicione os raviólis e as azeitonas. Misture e sirva decorado com folhas de manjericão.
Informações nutricionais
1 Porção =      1 Fatia 160 g
Calorias                                273
Proteínas                           10,9 g
Gorduras totais                10,2 g
Carboidratos                     34,3 g
Fibras                                  2,5 g
Sódio                               266 mg
Gorduras saturadas           2,8 g
Colesterol                         97 mg

influência dos ritmos circadianos no desenvolvimento de doenças metabólicas.

Na sociedade moderna, não é surpreendente que ocorra o desenvolvimento e/ou progressão de uma grande variedade de doenças advindas do desalinhamento nos ritmos naturais (com base no dia de 24 horas) incluindo doenças inflamatórias e metabólicas.
O relógio circadiano é um mecanismo que tem como principal função sincronizar o sistema endógeno em um período de 24 horas. Os ritmos circadianos são uma característica crítica e proeminente das células, tecidos e órgãos, que auxiliam o organismo a executar suas funções com mais eficiência. Além disso, os ritmos circadianos controlam uma variedade de processos biológicos, incluindo: ciclo do sono, temperatura corporal, secreção hormonal, função intestinal, homeostase da glicose e função imunológica (1).
O ritmo biológico é regulado pelo núcleo supraquiasmático (NSQ), localizado no hipotálamo. O NSQ é regulado por estímulos de células ganglionares da retina e é por este mecanismo que direciona os aspectos fisiológicos das fases clara e escura do ciclo. Os ritmos circadianos existem em quase todas as células do corpo e atuam como sincronizadores do sistema imunológico, do coração, do tecido adiposo, do pâncreas e do fígado (2).
Apenas alguns genes metabólicos são alvos diretos dos genes circadianos, esses alvos incluem muitos fatores de transcrição e alguns moduladores de transcrição e tradução. Dentre os genes controlados pelo ciclo circadiano, são incluídos fatores reguladores de lipídios, da biossíntese do colesterol, do metabolismo de carboidratos, da fosforilação oxidativa, e dos níveis de glicose (3,4).  
Um dos fatores ambientais que afetam seletivamente ritmicidade circadiana no intestino e no fígado é a alimentação. Quando a alimentação ocorre em períodos incorretos, podem ser observados desalinhamentos no ciclo circadiano interno, por exemplo, a restrição da alimentação resulta em desordem entre os ritmos centrais e periféricos, incluindo os localizados no fígado (5).
Estudos recentes sugerem que o desalinhamento crônico dos ritmos circadianos está diretamente relacionado com ganho de massa, obesidade e disfunções metabólicas. De fato, segundo Arble, roedores que se alimentaram em horários inapropriados ganharam mais massa quando comparados a animais que foram submetidos a uma alimentação regular (6,7). Este fenômeno também foi observado em seres humanos que não se alimentam logo pela manhã ou que possuíram padrões alimentares trocados entre dia e noite, resultando em maior ganho de massa frente aos que consumiram alimentos em períodos apropriados (8, 9).
Neste contexto, conclui-se que há uma crescente evidência, tanto experimental quanto epidemiológica de que o desalinhamento circadiano, por condições ambientais tais como ciclo claro/escuro e alimentação, interrompe os ritmos metabólicos e leva a alterações metabólicas, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

Como saber se você é pré-diabético

A diabetes é uma síndrome metabólica caracterizada pela falta de insulina e/ou incapacidade do organismo em produzi-la. Hoje em dia, o tratamento para diabéticos é basicamente verificar regularmente o nível de açúcar no sangue e injetar-se com insulina para mantê-lo sob controle. A doença não tem cura, mas pode ser evitada – pelo menos no que se trata do tipo 2. Antes da diabetes tipo 2 se desenvolver, há quase sempre um período de pré-diabetes onde níveis de açúcar no sangue estão em uma zona de perigo acima do normal, mas abaixo do nível considerado diabético.
De acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, cerca de um em cada três adultos americanos são pré-diabéticos, mas apenas 11% das pessoas estão cientes de sua condição. Cura para diabetes? Cientistas induzem células embrionárias a fabricar insulina A pré-diabetes é séria porque muitas das consequências da doença – incluindo danos nos nervos, problemas oculares e doenças cardíacas – já começam no corpo antes mesmo do diagnóstico ser fechado. Sem intervenção médica, existe uma alta probabilidade de que a pré-diabetes evolua para a diabetes dentro de três a 10 anos. Fatores de risco A pré-diabetes muitas vezes não tem sintomas óbvios e pode ocorrer independentemente da idade, por isso é muito importante que você saiba monitorar seus números de glicose. Isto é especialmente verdadeiro se você tiver qualquer um dos seguintes fatores de risco para diabetes: – Sobrepeso ou obesidade; – Distribuição central de gordura em torno do abdômen (às vezes chamado de forma de “maçã”); – Histórico de diabetes gestacional; – Histórico de diabetes na família; – Histórico de níveis de açúcar no sangue elevados. Sintomas da diabetes Os sintomas da diabetes incluem aumento da sede, micção frequente, cansaço e visão turva. Portanto, se você está sentindo alguma dessas coisas, é melhor procurar um médico.
O que posso fazer para evitar que pré-diabetes evolua? Se você é pré-diabético, você pode fazer mudanças de estilo de vida para prevenir a progressão da doença reduzir o risco de outros problemas de saúde, como doenças cardíacas, derrame, colesterol alto e pressão arterial elevada. Uma pesquisa norte-americana mostrou que a perda de peso, a alimentação saudável e o aumento de atividade física muitas vezes pode retornar os níveis de açúcar no sangue a um nível ideal. Tente fazer algumas mudanças que você consiga sustentar, e consulte um clínico geral para acompanhar e manter os cuidados de saúde. Perda de peso Mesmo se você não chegar ao seu peso “ideal”, perder apenas 5 a 9 kg pode reduzir a probabilidade de a doença progredir. Dieta saudável Escolha alimentos que são baixos em gordura saturada e calorias e ricos em fibras, como vegetais, frutas e grãos integrais. Exercício físico Incorpore em sua rotina algo entre 30 a 60 minutos de atividade física moderada na maioria dos dias da semana. Você também pode quebrar o seu exercício em segmentos mais curtos ao longo do dia. A causa e a cura da diabetes podem estar na sua barriga
Durma bem A mesma pesquisa sugere que pelo menos seis horas de sono a cada noite pode ajudar a reduzir a resistência à insulina. Se o seu sono é perturbado pelo ronco alto ou você acorda com falta de ar, pode estar passando por apneias do sono, uma condição de saúde grave que pode piorar a pré-diabetes. Tome os medicamentos corretos Alguns medicamentos para diabetes são prescritos para pacientes com pré-diabetes para evitar a condição de progredir. Procure um médico Se você desconfia que está com pré-diabetes, procure um médico para sanar essa dúvida. 

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Quando a culpa é da tireoide?

Dia 25 de maio é o Dia Internacional da Tireoide. As principais doenças da tireoide, o hipotireoidismo e o hipertireoidismo são, assim como o diabetes, muito comuns, principalmente em mulheres. Frequentemente, sintomas comuns e algumas vezes vagos são atribuídos à disfunções tireoidianas, de forma imprópria. Mas afinal de contas o que tem a ver falar de tireoide em um site sobre diabetes?
Na verdade, doenças da tireoide são até mais comuns em diabéticos do que na população em geral. Além disso, disfunções dos hormônios tireoidianos podem afetar o controle das glicemias, e vice-versa. Ou seja, diabetes e doenças da tireoide, embora diferentes, estão sim conectados de alguma forma.
Primeiramente, o hipotireoidismo. É a doença mais comum que acomete a tireoide e ocorre quando, por algum motivo, a glândula produz uma quantidade insuficiente de seus hormônios, o T3 e o T4. A principal causa é um distúrbio autoimune, conhecido como doença de Hashimoto. Sendo autoimune, é muito frequente em pessoas com diabetes tipo 1, o qual também tem origem imunológica. Até 20-30% dos pacientes com diabetes tipo 1 podem apresentar auto-anticorpos ou disfunção tireoidiana, sendo o hipotireoidismo a forma mais comum.
Já em pacientes com diabetes tipo 2, o hipotireoidismo também é mais frequente do que em não diabéticos, principalmente na sua forma mais leve, conhecida como hipotireoidismo subclínico. Por outro lado, o hipotireoidismo pode afetar o diabetes, especialmente em quadros mais avançados e quando se apresenta em idosos, por predispor a hipoglicemias, às vezes mesmo sem o uso de insulina.
Por fim, a obesidade, por aumentar os níveis da insulina e leptina, pode levar ao aumento do TSH (hormônio controlador da função da tireóide) e levar a uma falsa impressão de hipotireoidismo nos exames laboratoriais destes pacientes. Com a perda de peso, ocorre a normalização do exame e neste caso a alteração tireoidiana é consequência e não causa do ganho de peso.
Já o hipertireoidismo é mais comum naqueles com mais idade e com aumento do volume da glândula. Os de origem autoimune também são mais comuns nos portadores de diabetes tipo 1, embora menos frequente que a doença de Hashimoto. De forma reversa, o aumento de T3 e T4 no sangue de pacientes com diabetes pode levar, dentre outras manifestações, a um aumento da glicemia. Isso pode fazer com que os pacientes precisem de ajustes na dose de medicações ou insulina. Pode ainda causar elevações de glicemia nos pacientes que já apresentam risco elevado para diabetes, como por exemplo aqueles com glicemia de jejum alta.
Por fim, algumas situações especiais merecem destaque. O mau controle das glicemias, em ambos os tipos de diabetes, pode levar a uma queda nos níveis sanguíneos de T3 e T4, devido a um estado inflamatório mais exacerbado, bem como à perda de peso que comumente ocorre nos casos de diabetes descompensado. Medicamentos usados no tratamento do diabetes também podem levar a alterações nos exames usados para diagnóstico de disfunção tireoidiana. Alguns exemplos são a metformina, glitazonas e a própria insulina. Portanto, embora sejam mais frequentes que o habitual, as doenças da tireoide devem ser diagnosticadas com cautela nos pacientes com diabetes, especialmente se portadores de obesidade, controle glicêmico ruim e/ou em uso de medicações que afetem o eixo hormonal tireoidiano.
Assim, não é difícil perceber que pode ser muito ampla e variada a interação entre estas duas doenças tão comuns. De especial interesse, o diagnóstico de disfunções da tireoide pode não ser tão simples quanto em outros pacientes, especialmente naqueles portadores de diabetes tipo 2 que estão acima do peso ideal. Mas uma possível disfunção tireoidiana deve ser pesquisada em todo paciente com diabetes tipo 1, devido a frequência muito alta de coexistência das duas doenças, e em todo paciente com diabetes tipo 2 que apresente algum indício de alterações atípicas nos níveis glicêmicos ou sintomas compatíveis.
Fonte:http://www.diabetes.org.br/temas-atuais-sbd/quando-a-culpa-e-da-tireoide